sábado, 18 de junho de 2011

Sobreviver


Vivo no balanço do quase, no processo de reflexão, na busca por mim mesmo, Na esperança de dias melhores onde eu possa ser verdadeiramente livre. Livre dos olhares das serpentes que se preparam para mais um bote contra minha pessoa. Quero está livre dos julgamentos feitos apenas por fatores exteriores que são os que menos nos diz quem somos. É sabido que vivemos em uma selva com vários predadores, mas continuo a viver, pois temos o dever de se manter vivo. Tudo isso caracteriza o meu sobreviver.

Hoje é sábado, 22:09 e estou a refletir...

Jânio Elpídio de Medeiros

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Um mês nos braços de Maria – Eis o presente!


Saudemos a Maria, Virgem cheia de graça!
Nossa Igreja peregrina está no mundo e hoje sua devoção popular dá aos diversos títulos de Maria um presente. Esse presente encerra uma temporada bastante importante e significativa para a fé do povo que com fervor e ardor estiveram durante este mês de maio reunidos celebrando os louvores a Deus por sua mãe, a Virgem Imaculada. Maria, mãe dos discípulos e nossa, ensina-nos a escutar e servir sempre ao Senhor, por isso as homenagens são tão intensas e merecidas, já que temos uma mulher que muito bem soube ouvir a Deus.
Maria, mãe de Deus. Maria, senhora da Luz. Maria, senhora da anunciação. Maria, mãe da Amazônia. Maria, mãe de Fátima. Maria, rainha dos apóstolos. Maria, mãe do Carmo. Maria, senhora das Neves. Maria, virgem da Guia. Maria, mãe do Rosário e de Aparecida. Maria, virgem da apresentação. Maria, mãe de Guadalupe. Os diversos títulos perpassam todo o ano, passeiam pelo mundo e apontam para uma intimidade dos diferentes povos com aquela que foi a mãe de Jesus. Sua missão de educar e cuidar de Deus na Terra não foi fácil, e as vezes que apareceu nos evangelhos não atuou como figura central, mas como coadjuvante do plano da salvação, por isso a Igreja declarou-a co-redentora, já que foi por seu intermédio que Deus encarnou-se no mundo. Assim, o sangue de Jesus era o sangue de Maria: “O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com sua sombra” (Lc. 1,35a). Seus inúmeros títulos não minimizam, não tornam menos santa, não deixam-na no centro da vida dos católicos, mas, pelo contrário (sendo bem enfático), seus nomes tornam os cristãos íntimos do plano divino, exaltam a sensibilidade daquela que corre ao Filho quando os seus filhos “não tem mais vinho” (Jo. 2,3) e aproximam o Filho Jesus daquela a quem mais Ele quis bem em suas imagens, ícones e fotografias, (objetos de catequização e importância religiosa como temos nossas fotografias e objetos de “estimação”, pois guardam importantes lembranças de importantes pessoas, lugares, eventos).
Guardado para ser dado a cada ano, o presente do povo cristão nesse dia à Virgem Senhora Nossa traduz o privilégio e a gratidão de sermos filhos e filhas de Deus. Privilegiados, pois não querendo fazer mágica ou encantamento, o Criador escolheu uma mulher para ser a Mãe de seu Filho único, Jesus Cristo, o qual do alto da cruz, em suplícios de dores tem forças para dizer ao discípulo amado que a partir de então ela é sua mãe. Quem é o discípulo amado? É aquele que ama. O evangelista João, tanto na cruz, quanto no sepulcro vazio não alude para o nome de tal, afim de que entendamos que aquele que ama é que recebe a Mãe (Jo. 19,25-27), vê o sepulcro vazio e crê (Jo. 20,1-10). Gratos, pois apesar de chegados na Terra depois de Jesus, ele não nos deixa órfãos, pois seu Espírito, o “Advogado” (Jo. 14, 16) nos deu o discernimento através dos sábios padres e teólogos dizendo que a Mãe de Jesus pode recorrer por nós a seu Filho. Imaginemos qualquer pessoa pedindo-nos coisas quase impossíveis; imaginemos nossa mãe pedindo coisas inimagináveis! Movemos e desorbitamos o mundo a fim de atendê-la. O que dizer então de Jesus, filho de Maria, com os pedidos de sua santa mãe? O privilégio e a gratidão deram-nos a sábia proeza de celebrar um mês inteiro à mãe de Jesus, e aqui estamos nós, após séculos de devoção encerrando mais um “Mês de Maio”.
Maria ajuda-nos a entender que o mundo do barulho, da informação fácil, das relações interpessoais esfacelas, da vida humana sem valia, da criança educada pela escola e distante de seus pais ocupados, precisam ter cristãos, católicos, filhos seus que possam estar atentos às suas palavras: “Façam o que ele mandar” (Jo. 2, 5). Ele, Jesus, seu Filho, nasce e traz a salvação por intermédio dessa mulher, a “cheia de graça” (Lc. 1, 28), que muito bem soube servir ao Pai, por isso ele a coroa. A coroa? Sim, eis o presente! Maria filha do Pai, mãe de Jesus, morada do Espírito Santo é coroada hoje em suas diversas fotografias espalhadas pelo Brasil e pelo mundo como em Apocalipse: “e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas” (Ap. 12,1). Das maiores catedrais às pequenas capelinhas, ou mesmo na rua (como é o caso da comunidade de fé Nossa Senhora de Fátima em Santa Luzia-PB), Maria revela-se aos filhos e filhas, “linda”, como diz Adriana, (música Senhora Rainha) e nós trazemos “presentes” para ofertá-la, afinal não há tempo melhor e de maior segurança do que aquele que estamos nos braços de nossas mães. E foi isso que aconteceu durante esse mês, passamos o mês nos braços de Maria!
Que aprendamos a ser filhos e filhas que dão alegria à sua mãe, Maria, Senhora de Fátima e de tantas nomes, porque:
“Não és deusa, não és mais que Deus,
Mas depois de Jesus, o Senhor
Neste mundo ninguém foi maior.”
(Pe. Zezinho, música “Senhora e Rainha”)


ROMMERYTO AUGUSTO
ALUNO DO CURSO DE HISTÓRIA - UEPB
SANTA LUZIA -PB