Vivo em crise por refletir sobre tudo, então esse blog serve para compartilhar minhas reflexões a respeito da vida.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Maria da Cruz
Ali estava ela, debaixo da cruz.
Não há cena tão tocante, difícil, bela, dolorosa, acalentadora, tudo ao mesmo tempo, quanto à cena de uma mãe que vê o seu filho, o qual ela carregou no seu ventre, amamentou, embalou, educou, fez dar os primeiros passos ser entregue ao sofrimento e a morte. Quanta dor sentia Maria ao lado da cruz do seu filho Jesus, o Salvador do mundo, o seu menino, aquele que aprendeu com ela e que é Mestre.
Ali estava ela, a mãe de Jesus.
A mãe de Jesus, a mãe do Senhor, a mãe de Deus, a mãe. Mãe. A missão que essa mulher recebeu não foi simples e fácil como poderíamos correr o risco de imaginarmos. Ser a mãe do Senhor implicava uma série de renuncias assim como qualquer outra missão. A cada um de nós, o Senhor atribui uma missão, assim também foi para Maria. Missão tão linda e tão difícil. Que bom que Maria disse sim; sim ao projeto de Salvação do Senhor.
Sentindo toda a dor, que o meu Jesus sentiu.
Maria que frente à profecia de Simeão tem a dor como parte da sua missão: Eis que este menino está destinado a ser ocasião de queda e elevação de muitos em Israel e sinal de contradição. Quanto a ti, uma espada te transpassará a alma (Lc 2,34-35). Assim também quando precisou fugir para o Egito para que Herodes não matasse o seu filho Mt 2,13-14. Dor que continuar a transpassar o coração e a alma de Maria quando Jesus fica em Jerusalém na ocasião da festa da Páscoa. Lc 2, 43. Dor mais profunda, se é que se pode mensurar a dor de uma mãe, sente Maria ao encontrar seu filho ao caminho do Calvário; Aos pés da cruz lá estava ela, como uma mãe que não abandona seu filho jamais; Quão profunda a dor de receber nos seus braços o corpo do seu filho amado, do seu Senhor, do seu Salvador para ser depositado no sepulcro. A inversão dos papéis: A mãe que sepulta o filho. Nossa Senhora das Dores, rogais por nós.
"Mulher eis aí o teu filho. Filho eis aí a tua mãe!"
Maria, exemplo de fidelidade e obediência. Aos pés da cruz “Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: ‘Mulher, eis aí teu filho.’ Depois disse ao discípulo: ‘Eis aí tua mãe.’ E dessa hora em diante o discípulo a levou para sua casa.” (Jo 19, 26-27). São Bernardo nos diz que é mais uma dor que traspassa a alma desta mulher, pois há uma troca, ela que é mãe do Salvador, a mãe do filho de Deus, perde seu filho para receber em troca, o filho de Zebedeu, trocar o Mestre pelo discípulo. No entanto, Maria o acolhe. Quanto ao discípulo, ele recebe a sua mãe e a leva para casa. Nós somos os discípulos, portanto, devemos acolher a nossa Mãe em nossas vidas, em nosso coração. Que herança tão linda, quanta honra para cada um de nós, recebermos Maria como nossa mãe.
Tudo está consumado. Maria como és, quero ser!
Quero seguir com Jesus até o fim.
Maria, mãe de Jesus e minha também.
Maria, mãe de Jesus, Maria nossa mãe, queremos ser como és, no olhar, no pensar, queremos ser como és quando o Senhor nos chama; Mãe, ensina-nos a confiar, a ter sempre os olhos fixos na cruz, a imitar-te. Ensina-nos a ser obedientes como és e a seguir o teu filho até o fim para que um dia possamos contemplar a face do nosso Deus como já fazes.
Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.
Almir Gomes
CDSA - UAEDUC - UFCG
http://www.cdsa.ufcg.edu.br/portal/
http://twitter.com/gomesalmir
terça-feira, 24 de maio de 2011
A escola dos bichos
Rosana Rizzuti
Conta-se que vários bichos decidiram fundar uma escola. Para isso reuniram-se e começaram a escolher as disciplinas.
O Pássaro insistiu para que houvesse aulas de
vôo. O Esquilo achou que a subida perpendicular em árvores era fundamental. E o Coelho queria de qualquer jeito que a corrida fosse incluída.
E assim foi feito, incluíram tudo, mas...
cometeram um grande erro. Insistiram para que todos os bichos praticassem todos os cursos oferecidos.
O Coelho foi magnífico na corrida, ninguém corria como ele. Mas queriam ensiná-lo a voar.
Colocaram-no numa árvore e disseram: "Voa,
Coelho". Ele saltou lá de cima e "pluft"...
coitadinho! Quebrou as pernas. O Coelho não
aprendeu a voar e acabou sem poder correr também.
O Pássaro voava como nenhum outro, mas o
obrigaram a cavar buracos como uma topeira.
Quebrou o bico e as asas, e depois não conseguia voar tão bem, e nem mais cavar buracos.
SABE DE UMA COISA?
Todos nós somos diferentes uns dos outros e cada um tem uma ou mais qualidades próprias dadas por DEUS.
Não podemos exigir ou forçar para que as
outras pessoas sejam parecidas conosco ou tenham nossas qualidades.
Se assim agirmos, acabaremos fazendo com que elas sofram, e no final, elas poderão não ser o que queríamos que fossem e ainda pior, elas poderão não mais fazer o que faziam bem feito.
RESPEITAR AS DIFERENÇAS É AMAR AS PESSOAS COMO ELAS SÃO.
Disponivel em http://www.sotextos.com/a_escola_dos_bichos.htm
Conta-se que vários bichos decidiram fundar uma escola. Para isso reuniram-se e começaram a escolher as disciplinas.
O Pássaro insistiu para que houvesse aulas de
vôo. O Esquilo achou que a subida perpendicular em árvores era fundamental. E o Coelho queria de qualquer jeito que a corrida fosse incluída.
E assim foi feito, incluíram tudo, mas...
cometeram um grande erro. Insistiram para que todos os bichos praticassem todos os cursos oferecidos.
O Coelho foi magnífico na corrida, ninguém corria como ele. Mas queriam ensiná-lo a voar.
Colocaram-no numa árvore e disseram: "Voa,
Coelho". Ele saltou lá de cima e "pluft"...
coitadinho! Quebrou as pernas. O Coelho não
aprendeu a voar e acabou sem poder correr também.
O Pássaro voava como nenhum outro, mas o
obrigaram a cavar buracos como uma topeira.
Quebrou o bico e as asas, e depois não conseguia voar tão bem, e nem mais cavar buracos.
SABE DE UMA COISA?
Todos nós somos diferentes uns dos outros e cada um tem uma ou mais qualidades próprias dadas por DEUS.
Não podemos exigir ou forçar para que as
outras pessoas sejam parecidas conosco ou tenham nossas qualidades.
Se assim agirmos, acabaremos fazendo com que elas sofram, e no final, elas poderão não ser o que queríamos que fossem e ainda pior, elas poderão não mais fazer o que faziam bem feito.
RESPEITAR AS DIFERENÇAS É AMAR AS PESSOAS COMO ELAS SÃO.
Disponivel em http://www.sotextos.com/a_escola_dos_bichos.htm
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Homossexuais amam, com todos os direitos e deveres', diz João Silvério Trevisan
Entrevista dada ao EXTRA GLOBO NOTICIAS
SÃO PAULO - Militante pelos direitos homossexuais desde os anos 70, quando em plena ditadura lançou o jornal Lampião da Esquina e o movimento Somos, o escritor, ensaísta, filósofo e cineasta João Silvério Trevisan conta que sentiu orgulho do com a aceitação da união homoafetiva. Para ele, não há mais como recuar na garantia de direitos homossexuais e o próximo passo é a criação de uma lei que puna a homofobia. Autor de “Devassos no Paraíso” e “Seis Balas num Buraco Só: a Crise do Masculino”, dois estudos sobre a sexualidade no Brasil, João Silvério diz que o 5 de maio é uma celebração do “direito de amar”.
O GLOBO : Qual a importância da decisão do STF?
JOÃO SILVÉRIO TREVISAN : Foi um divisor de águas na democracia brasileira. Fazia muito tempo que eu não tinha orgulho do Brasil. Ontem (quinta-feira), eu tive orgulho do Brasil ao ouvir os ministros falando com uma precisão, que eu não imaginava que existisse neles, sobre a questão democrática. Estamos ou não numa democracia? Se estamos, os direitos são para todos.
O GLOBO : Há uma estimativa do tamanho da comunidade homossexual?
JOÃO SILVÉRIO : Não há uma estimativa justamente por conta da invisibilidade. Ela é imensa e invisível. A bissexualidade brasileira é uma homossexualidade vivida clandestinamente. A quantidade de homens casados que vivem sua homossexualidade clandestinamente é escandalosa e assustadora. Então, a decisão do STF é uma mensagem importantíssima para essa comunidade desconhecida. É a aceitação de que existem homossexuais no Brasil e de que seus direitos não são diferentes dos direitos de nenhum outro cidadão. Mas homens adoram transar entre si e depois vão casar com mulher. É histórico no Brasil.
O GLOBO : E isso deve mudar?
JOÃO SILVÉRIO : Não. O que vai mudar é a ideia de que homens podem se amar entre si e mulheres podem se amar entre si. A união estável faz um reconhecimento de que homossexuais amam. E (a decisão do STF) foi uma lição para o Brasil de que nós, homossexuais, com nossa firmeza e resistência, temos o nosso direito de amar.
O GLOBO :“careta” com essa ideia de casamento?
JOÃO SILVÉRIO : É bem provável que estejamos virando caretas, na medida em que estamos nos atrelando a uma circunstância formalizada pelo Estado. Mas há o bônus, que é a conquista política da igualdade. Não é fácil você estar na rua e ver um mendigo olhando para você e gritando “viado tem tudo é que morrer”. É indescritível a dor que isso provoca. O que leva aquele mendigo a achar que ele é mais importante do que eu?
O GLOBO : A ofensa é maior quando vem de um mendigo?
JOÃO SILVÉRIO : A ofensa é exatamente igual. Mas estou dizendo que a coisa é tão violenta que, até para um pária social, eu estou abaixo dele. É um exemplo emblemático do lugar em que nós estamos: o cocô do cavalo do bandido.
O GLOBO : A união civil vai mudar isso?
JOÃO SILVÉRIO : Vai demorar muito. Celebramos a conquista legal, mas o que tem pela frente é assustador.
O GLOBO : E essa decisão do STF deve beneficiar o projeto de lei de pune a homofobia?
JOÃO SILVÉRIO : Não há mais possibilidade de retorno. Tudo o que acontece no Brasil é em função de um fato consumado e o STF deu agora um fato consumado. Não tem volta. É a armadilha na qual o Judiciário colocou o Legislativo. Nossos políticos estão no piloto automático. É uma classe altamente fisiológica.
O GLOBO : Que país é este que tem a Parada Gay como uma festa nacional, mas, na mesma Avenida Paulista, jovens gays apanham durante a noite?
JOÃO SILVÉRIO : É o país cordial. Não fazemos guerra cara a cara, fazemos por debaixo do pano. É a hipocrisia que nós vivemos. A cultura do Brasil é carnavalizada. É a cultura da máscara. Usamos a máscara para o bem e para o mal. Tem o lado bom, que é o bom humor, a esculhambação, a criatividade extraordinária e o afeto. E tem o jeitinho, que é a parte da sombra da cultura brasileira. É o jeitinho de não deixar as coisas claras. A falsa bissexualidade brasileira faz parte dessa máscara.
O GLOBO : O senhor fundou o primeiro movimento homossexual, o Somos, e o Lampião. Como vê o movimento LGBT hoje?
JOÃO SILVÉRIO : Tenho severas críticas ao movimento homossexual desde o começo. É um movimento de elite; e o que se conseguiu foi num nível de lobby. A comunidade homossexual brasileira é politicamente alienada. Hoje, graças inclusive às redes sociais, as ideias estão mais espalhadas, os fatos são mais difundidos. Isso não significa um movimento homossexual e sim uma decisão política da comunidade, o que é fantástico.
O GLOBO : Por outro lado, a visibilidade da homofobia aumentou?
JOÃO SILVÉRIO : Com certeza. E era de se esperar a reação. A união estável entre homossexuais não prejudica ninguém, mas existem pessoas, pelos motivos mais diversos, desde ideológicos, psicológicos, sexuais, que se incomodam. Como se estivéssemos tomando o espaço delas. É só ver a bancada religiosa e a CNBB, que acham que realmente alguma coisa muito ruim está acontecendo. Para essa gente ou para gente parecida com ela, alguma coisa muito ruim estava acontecendo quando os negros foram libertados ou quando as mulheres começaram a votar ou quando o divórcio apareceu.
O GLOBO : Assusta ver nas redes sociais, como no Twitter, a expressão de jovens homofóbicos, assim como essa agressão nas ruas ser promovida por gente tão jovem?
JOÃO SILVÉRIO : Me assusta, sim. Acho que as políticas educacionais estão sempre a reboque. As gerações tem de ser educadas dentro de um processo democrático e não um processo democrático “meia boca”. E esse processo tem de pensar as diferenças, todas as diferenças.
O GLOBO : O próximo passo é conquistar a lei anti-homofobia?
JOÃO SILVÉRIO : Certamente.
Disponivel em http://extra.globo.com/noticias/brasil/homossexuais-amam-com-todos-os-direitos-deveres-diz-joao-silverio-trevisan-1769634.html
Jânio Elpídio de Medeiros.
SÃO PAULO - Militante pelos direitos homossexuais desde os anos 70, quando em plena ditadura lançou o jornal Lampião da Esquina e o movimento Somos, o escritor, ensaísta, filósofo e cineasta João Silvério Trevisan conta que sentiu orgulho do com a aceitação da união homoafetiva. Para ele, não há mais como recuar na garantia de direitos homossexuais e o próximo passo é a criação de uma lei que puna a homofobia. Autor de “Devassos no Paraíso” e “Seis Balas num Buraco Só: a Crise do Masculino”, dois estudos sobre a sexualidade no Brasil, João Silvério diz que o 5 de maio é uma celebração do “direito de amar”.
O GLOBO : Qual a importância da decisão do STF?
JOÃO SILVÉRIO TREVISAN : Foi um divisor de águas na democracia brasileira. Fazia muito tempo que eu não tinha orgulho do Brasil. Ontem (quinta-feira), eu tive orgulho do Brasil ao ouvir os ministros falando com uma precisão, que eu não imaginava que existisse neles, sobre a questão democrática. Estamos ou não numa democracia? Se estamos, os direitos são para todos.
O GLOBO : Há uma estimativa do tamanho da comunidade homossexual?
JOÃO SILVÉRIO : Não há uma estimativa justamente por conta da invisibilidade. Ela é imensa e invisível. A bissexualidade brasileira é uma homossexualidade vivida clandestinamente. A quantidade de homens casados que vivem sua homossexualidade clandestinamente é escandalosa e assustadora. Então, a decisão do STF é uma mensagem importantíssima para essa comunidade desconhecida. É a aceitação de que existem homossexuais no Brasil e de que seus direitos não são diferentes dos direitos de nenhum outro cidadão. Mas homens adoram transar entre si e depois vão casar com mulher. É histórico no Brasil.
O GLOBO : E isso deve mudar?
JOÃO SILVÉRIO : Não. O que vai mudar é a ideia de que homens podem se amar entre si e mulheres podem se amar entre si. A união estável faz um reconhecimento de que homossexuais amam. E (a decisão do STF) foi uma lição para o Brasil de que nós, homossexuais, com nossa firmeza e resistência, temos o nosso direito de amar.
O GLOBO :“careta” com essa ideia de casamento?
JOÃO SILVÉRIO : É bem provável que estejamos virando caretas, na medida em que estamos nos atrelando a uma circunstância formalizada pelo Estado. Mas há o bônus, que é a conquista política da igualdade. Não é fácil você estar na rua e ver um mendigo olhando para você e gritando “viado tem tudo é que morrer”. É indescritível a dor que isso provoca. O que leva aquele mendigo a achar que ele é mais importante do que eu?
O GLOBO : A ofensa é maior quando vem de um mendigo?
JOÃO SILVÉRIO : A ofensa é exatamente igual. Mas estou dizendo que a coisa é tão violenta que, até para um pária social, eu estou abaixo dele. É um exemplo emblemático do lugar em que nós estamos: o cocô do cavalo do bandido.
O GLOBO : A união civil vai mudar isso?
JOÃO SILVÉRIO : Vai demorar muito. Celebramos a conquista legal, mas o que tem pela frente é assustador.
O GLOBO : E essa decisão do STF deve beneficiar o projeto de lei de pune a homofobia?
JOÃO SILVÉRIO : Não há mais possibilidade de retorno. Tudo o que acontece no Brasil é em função de um fato consumado e o STF deu agora um fato consumado. Não tem volta. É a armadilha na qual o Judiciário colocou o Legislativo. Nossos políticos estão no piloto automático. É uma classe altamente fisiológica.
O GLOBO : Que país é este que tem a Parada Gay como uma festa nacional, mas, na mesma Avenida Paulista, jovens gays apanham durante a noite?
JOÃO SILVÉRIO : É o país cordial. Não fazemos guerra cara a cara, fazemos por debaixo do pano. É a hipocrisia que nós vivemos. A cultura do Brasil é carnavalizada. É a cultura da máscara. Usamos a máscara para o bem e para o mal. Tem o lado bom, que é o bom humor, a esculhambação, a criatividade extraordinária e o afeto. E tem o jeitinho, que é a parte da sombra da cultura brasileira. É o jeitinho de não deixar as coisas claras. A falsa bissexualidade brasileira faz parte dessa máscara.
O GLOBO : O senhor fundou o primeiro movimento homossexual, o Somos, e o Lampião. Como vê o movimento LGBT hoje?
JOÃO SILVÉRIO : Tenho severas críticas ao movimento homossexual desde o começo. É um movimento de elite; e o que se conseguiu foi num nível de lobby. A comunidade homossexual brasileira é politicamente alienada. Hoje, graças inclusive às redes sociais, as ideias estão mais espalhadas, os fatos são mais difundidos. Isso não significa um movimento homossexual e sim uma decisão política da comunidade, o que é fantástico.
O GLOBO : Por outro lado, a visibilidade da homofobia aumentou?
JOÃO SILVÉRIO : Com certeza. E era de se esperar a reação. A união estável entre homossexuais não prejudica ninguém, mas existem pessoas, pelos motivos mais diversos, desde ideológicos, psicológicos, sexuais, que se incomodam. Como se estivéssemos tomando o espaço delas. É só ver a bancada religiosa e a CNBB, que acham que realmente alguma coisa muito ruim está acontecendo. Para essa gente ou para gente parecida com ela, alguma coisa muito ruim estava acontecendo quando os negros foram libertados ou quando as mulheres começaram a votar ou quando o divórcio apareceu.
O GLOBO : Assusta ver nas redes sociais, como no Twitter, a expressão de jovens homofóbicos, assim como essa agressão nas ruas ser promovida por gente tão jovem?
JOÃO SILVÉRIO : Me assusta, sim. Acho que as políticas educacionais estão sempre a reboque. As gerações tem de ser educadas dentro de um processo democrático e não um processo democrático “meia boca”. E esse processo tem de pensar as diferenças, todas as diferenças.
O GLOBO : O próximo passo é conquistar a lei anti-homofobia?
JOÃO SILVÉRIO : Certamente.
Disponivel em http://extra.globo.com/noticias/brasil/homossexuais-amam-com-todos-os-direitos-deveres-diz-joao-silverio-trevisan-1769634.html
Jânio Elpídio de Medeiros.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Direitos Negados.
Direito é uma coisa que todo mundo tem, ou deveria ter. No caso dos Homossexuais a palavra direito talvez tenha outros significados, Pois Os homossexuais deste país, que é de um território e de uma população diversa tem 78 direitos NEGADOS.
sejam eles:
1. Não podem casar
2. Não têm reconhecida a união estável
3. Não adotam sobrenome do parceiro
4. Não podem somar renda para aprovar financiamentos
5. Não somam renda para alugar imóvel
6. Não inscrevem parceiro como dependente de servidor público
7. Não podem incluir parceiros como dependentes no plano de saúde
8. Não participam de programas do Estado vinculados à família
9. Não inscrevem parceiros como dependentes da previdência
10. Não podem acompanhar o parceiro servidor público transferido
11. Não têm a impenhorabilidade do imóvel em que o casal reside
12. Não têm garantia de pensão alimentícia em caso de separação
13. Não têm garantia à metade dos bens em caso de separação
14. Não podem assumir a guarda do filho do cônjuge
15. Não adotam filhos em conjunto não podem adotar o filho do parceiro
16. Não podem adotar o filho do parceiro
17. Não têm licença-maternidade para nascimento de filho da parceira
18. Não têm licença maternidade/ paternidade se o parceiro adota filho
19. Não recebem abono-família
20. Não têm licença-luto, para faltar ao trabalho na morte do parceiro
21. Não recebem auxílio-funeral
22. Não podem ser inventariantes do parceiro falecido
23. Não têm direito à herança
24. Não têm garantida a permanência no lar quando o parceiro morre
25. Não têm usufruto dos bens do parceiro
26. Não podem alegar dano moral se o parceiro for vítima de um crime
27. Não têm direito à visita íntima na prisão
28. Não acompanham a parceira no parto
29. Não podem autorizar cirurgia de risco
30. Não podem ser curadores do parceiro declarado judicialmente incapaz
31. Não podem declarar parceiro como dependente do Imposto de Renda (IR)
32. Não fazem declaração conjunta do IR
33. Não abatem do IR gastos médicos e educacionais do parceiro
34. Não podem deduzir no IR o imposto pago em nome do parceiro
35. Não dividem no IR os rendimentos recebidos em comum pelos parceiros
36. Não são reconhecidos como entidade familiar, mas sim como sócios
37. Não têm suas ações legais julgadas pelas varas de família"
38- não têm direito real de habitação, decorrente da união (art.1831 CC)
39- não têm direito de converter união estável em casamento
40 ? não têm direito a exercer a administração da família quando do desaparecimento do companheiro (art.1570 CC)
41- não têm direito à indispensabilidade do consentimento quando da alienação ou gravar de ônus reais bens imóveis ou alienar direitos reais (art.235 CC)
42- não têm direito a formal dissolução da sociedade conjugal, resguardada pela lei
43 ? não têm direito a exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos na hipótese do companheiro falecido (art.12, Par. Único, CC)
44- não têm direito a proibir a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem do companheiro falecido ou ausente (art.20 CC)
45- não têm direito a posse do bem do companheiro ausente (art.30, par. 2º CC)
46- não têm direito a deixar de correr prazo de prescrição durante a união (art,197, I, CC)
47- não têm direito a anular a doação do companheiro adultero ao seu cúmplice (art.550, CC)
48- não têm direito a revogar a doação, por ingratidão, quando o companheiro for o ofendido (art.558, CC)
49 ? não têm direito a proteção legal que determina que o companheiro deve declarar interessa na preservação de sua vida, na hipótese de seguro de vida (art.790, parág. Único)
50- Não têm direito a figurar como beneficiário do prêmio do seguro na falta de indicação de beneficiário (art.792, CC)
51- Não têm direito de incluir o companheiro nas necessidades de sua família para exercício do direito de uso da coisa e perceber os seus frutos (art.1412, par. 2º, CC)
52-Não têm direito de remir o imóvel hipotecado, oferecendo o valor da avaliação, até a assinatura do auto de arrematação ou até que seja publicada a sentença de adjudicação (art.1482 CC)
53- Não têm direito a ser considerado aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade (art.1595 CC)
54- Não têm direito a demandar a rescisão dos contratos de fiança e doação, ou a invalidação do aval, realizados pelo outro (art.1641, IV CC)
55- Não têm direito a reivindicar os bens comuns, móveis ou imóveis, doados ou transferidos pelo outro companheiro ao amante (art.1641, V CC)
56- Não têm direito a garantia da exigência da autorização do outro, para salvaguardar os bens comuns, nas hipóteses previstas no artigo 1647 do CC
57- Não têm direito a gerir os bens comuns e os do companheiro, nem alienar bens comuns e/ou alienar imóveis comuns e os móveis e imóveis do companheiro, quando este não puder exercer a administração dos bens que lhe incumbe (art.1651 do CC)
58- Não têm direito, caso esteja na posse dos bens particular do companheiro, a ser responsável como depositário, nem usufrutuário (se o rendimento for comum), tampouco procurador (se tiver mandato expresso ou tácito para os administrar) ? (art.1652 CC)
59- Não têm direito a escolher o regime de bens que deseja que regule em sua união
60- Não têm direito a assistência alimentar (art.1694 CC)
61- Não têm direito a instituir parte de bens, por escritura, como bem de família (art.1711 CC)
62- Não têm direito a promover a interdição do companheiro (art.1768, II CC)
63- Não têm direito a isenção de prestação de contas na qualidade de curador do companheiro (art,1783 CC)
64- Não têm direito de excluir herdeiro legitimo da sua herança por indignidade, na hipótese de tal herdeiro ter sido autor, co-autor ou partícipe de homicídio doloso, ou tentativa deste contra seu companheiro (art.1814, I CC)
65 ? Não têm direito de excluir um herdeiro legitimo de sua herança por indignidade, na hipótese de tal herdeiro ter incorrido em crime contra a honra de seu companheiro (art.1814, II CC)
66 ? Não têm direito a Ordem da Vocação Hereditária na sucessão legítima (art.1829 CC)
67- Não têm direito a concorrer a herança com os pais do companheiro, na falta de descendentes destes (1836 CC)
68- Não têm direito ser deferida a sucessão por inteiro ao companheiro sobrevivente, na falta de descendentes e ascendentes do companheiro falecido (art.1838 CC)
69- Não têm direito a ser considerado herdeiro "necessário" do companheiro (art.1845 CC)
70- Não têm direito a remoção/transferência de servidor público sob justificativa da absoluta prioridade do direito à convivência familiar (art.226 e 227 da CF) com companheiro.
71- Não têm direito a transferência obrigatória de seu companheiro estudante, entre universidades, previstas na Lei 8112/90, no caso, ser servidor público federal civil ou militar estudante ou dependente do servidor.
72- Não têm direito a licença para acompanhar companheiro quando for exercer mandato eletivo ou, sendo militar ou servidor da Administração Direta, de autarquia, de empresa pública, de sociedade de economia mista ou de fundação instituída pelo Poder Público, for mandado servir, ex-officio, em outro ponto do território estadual, nacional ou no exterior.
73- Não têm direito a receber os eventuais direitos de férias e outros benefícios do vínculo empregatício se o companheiro falecer
74- Não têm direito ao DPVAT (Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres, ou por sua Carga, a Pessoas Transportadas ou Não), no caso de morte do companheiro em acidente com veículos
75- Não têm direito a licença gala, quando o trabalhador for celebrar sua união, podendo deixar de comparecer ao serviço, pelo prazo três dias (art.473, II da CLT) e se professor, período de nove dias (§ 3º., do art. 320 da CLT) .
76- Não têm direito, de oferecer queixa ou de prosseguir na ação penal, caso o companheiro seja o ofendido e morra ou seja declarado ausente (art.100 § 4º CP)
77 ? Não têm direito as inúmeras previsões criminais que agravam ou aumentam a pena contra os crimes praticados contra o seu companheiro
78- Não têm direito a isenção de pena no caso do crime contra o patrimônio praticado pelo companheiro (art.181 CP) e nem na hipótese do auxílio a subtrair-se a ação da autoridade policial (art.348 § 2º CP)
Você deve ter ficado cansado da leitura de todos esses direitos negados a pessoas de bem, que pagam seus impostos e que deveria ser tratados com igualdade com prevê a nossa constituição.Faça sua reflexão pessoal e veja quem é você, um homofobico? (homofobia tem cura), um intolerante? ou uma pessoa que ama seu semelhante? que pensa e tem como base o respeito a si e aos seus semelhantes? Jesus fala que devemos amar nossos semelhantes como a nós mesmo.
Vamos todos juntos lutar pelo um Brasil Sem homofobia.
Jânio Elpídio de Medeiros.
segunda-feira, 16 de maio de 2011
APRENDENDO NAS QUEDAS
(Letícia Thompson)
Por que será que nos lamentamos tanto quando nos decepcionamos, perdemos e erramos? O mundo não acaba quando nos enganamos; ele muda, talvez, de direção. Mas precisamos tirar partido dos nossos erros. Por que tudo teria que ser correto, coerente, sem falhas? As quedas fazem parte da vida e do nosso aprendizado dela.
Que dói, dói. Ah! Isso não posso negar! Dói no orgulho, principalmente. E quanto mais gente envolvida, mais nosso orgulho dói. Portanto, o humilhante não é cair, mas permanecer no chão enquanto a vida continua seu curso.
O problema é que julgamos o mundo segundo nossa própria maneira de olhar e nos esquecemos que existem milhões e milhões de olhares diferentes do nosso. Mas não está obrigatoriamente errado quem pensa diferente da gente só porque pensa diferente. E nem obrigatoriamente certo.
Todo mundo é livre de ver e tirar suas próprias conclusões sobre a vida e sobre o mundo. Às vezes acertamos, outras erramos. E somos normais assim. Então, numa discussão, numa briga, páre um segundo e pense: "e se eu estiver errado?" É uma possibilidade na qual raramente queremos pensar.
Nosso "eu" nos cega muitas vezes. Nosso ciúme, nosso orgulho e até, por que não, nosso amor. Não vemos o lado do outro e nem queremos ver. E somos assim, muitas vezes injustos tanto com o outro quanto com a gente mesmo, já que nos recusamos a oportunidade de aprender alguma coisa com alguém.
E é por que tanta gente se mantém nessa posição que existem desavenças, guerras, separações. Ninguém cede e as pessoas acabam ficando sozinhas. E de que adianta ter sempre razão, saber de tudo, se no fim o que nos resta é a solidão? Vida é partilha. E não há partilha sem humildade, sem generosidade, sem amor no coração.
Na escola, só aprendemos porque somos conscientes de que estamos lá porque não sabemos ainda; na vida é exatamente a mesma coisa. Se nos fecharmos, se fecharmos nossa alma e nosso coração, nada vai entrar. E será que conseguiremos nos bastar a nós mesmos? Eu duvido. Não andamos em cordas bambas o tempo todo, mas às vezes é o único meio de atravessar.
Somos bem mais resistentes do que julgamos; a própria vida nos ensina a sobreviver, viver sobre tudo e sobretudo. Nunca duvide do seu poder de sobrevivência! Se você duvida, cai. Aprenda com o apóstolo Pedro que, enquanto acreditou, andou sobre o mar, mas começou a afundar quando sentiu medo. Então, afundar ou andar sobre as águas?
Depende de nós, depende de cada um em particular. Podemos nos unir em força na oração para ajudar alguém, mas só esse alguém pode decidir a ter fé, força e coragem para continuar essa maravilhosa jornada da vida.
Texto indicado pelo meu amigo André Andrade - Graduando do curso de Psicologia - Unipê.
Por que será que nos lamentamos tanto quando nos decepcionamos, perdemos e erramos? O mundo não acaba quando nos enganamos; ele muda, talvez, de direção. Mas precisamos tirar partido dos nossos erros. Por que tudo teria que ser correto, coerente, sem falhas? As quedas fazem parte da vida e do nosso aprendizado dela.
Que dói, dói. Ah! Isso não posso negar! Dói no orgulho, principalmente. E quanto mais gente envolvida, mais nosso orgulho dói. Portanto, o humilhante não é cair, mas permanecer no chão enquanto a vida continua seu curso.
O problema é que julgamos o mundo segundo nossa própria maneira de olhar e nos esquecemos que existem milhões e milhões de olhares diferentes do nosso. Mas não está obrigatoriamente errado quem pensa diferente da gente só porque pensa diferente. E nem obrigatoriamente certo.
Todo mundo é livre de ver e tirar suas próprias conclusões sobre a vida e sobre o mundo. Às vezes acertamos, outras erramos. E somos normais assim. Então, numa discussão, numa briga, páre um segundo e pense: "e se eu estiver errado?" É uma possibilidade na qual raramente queremos pensar.
Nosso "eu" nos cega muitas vezes. Nosso ciúme, nosso orgulho e até, por que não, nosso amor. Não vemos o lado do outro e nem queremos ver. E somos assim, muitas vezes injustos tanto com o outro quanto com a gente mesmo, já que nos recusamos a oportunidade de aprender alguma coisa com alguém.
E é por que tanta gente se mantém nessa posição que existem desavenças, guerras, separações. Ninguém cede e as pessoas acabam ficando sozinhas. E de que adianta ter sempre razão, saber de tudo, se no fim o que nos resta é a solidão? Vida é partilha. E não há partilha sem humildade, sem generosidade, sem amor no coração.
Na escola, só aprendemos porque somos conscientes de que estamos lá porque não sabemos ainda; na vida é exatamente a mesma coisa. Se nos fecharmos, se fecharmos nossa alma e nosso coração, nada vai entrar. E será que conseguiremos nos bastar a nós mesmos? Eu duvido. Não andamos em cordas bambas o tempo todo, mas às vezes é o único meio de atravessar.
Somos bem mais resistentes do que julgamos; a própria vida nos ensina a sobreviver, viver sobre tudo e sobretudo. Nunca duvide do seu poder de sobrevivência! Se você duvida, cai. Aprenda com o apóstolo Pedro que, enquanto acreditou, andou sobre o mar, mas começou a afundar quando sentiu medo. Então, afundar ou andar sobre as águas?
Depende de nós, depende de cada um em particular. Podemos nos unir em força na oração para ajudar alguém, mas só esse alguém pode decidir a ter fé, força e coragem para continuar essa maravilhosa jornada da vida.
Texto indicado pelo meu amigo André Andrade - Graduando do curso de Psicologia - Unipê.
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Matemática, minha vida.
Por toda a minha trajetória escolar na disciplina de matemática passei pelos “filhos de um desencantado modo de ver a matemática como moderna”, como frisa VALENTE. Professores que não gostavam de ensinar, mas praticavam o oficio para ao final do mês ter seu suado salário de professor. Lembro de uma professora de matemática com formação em geografia, que sempre falava que um dia as pessoas iam deixar de estudar matemática, pois não precisava mais de descoberta alguma nesta área do conhecimento e já existia calculadoras para nos ajudar com os cálculos e computadores eficazes para calcular o que desejássemos. Foi com esse tipo de mentalidade de alguns professores que minha formação escolar começou.
Que tipo de matemática meus professores me ensinou? Aquela matemática que não parecia servi para muita coisa, cálculos e mais cálculos, sem nenhuma aplicação prática e colocada sempre com muita FACILIDADE, pois os professores não estavam a fim de perder o seu tempo com alunos que tinham dificuldade em matemática. Não lembro nenhum colega reprovado na disciplina de matemática.
Hoje sou universitário do curso de licenciatura em matemática e professor do ensino fundamental da rede privada, e vejo que os meus avôs, bisavôs e tataravôs contribuíram de alguma forma para o saber matemático que temos e usufruímos. Vejo a matemática como uma área do conhecimento necessária para todos nós, humanos, sabendo que algumas pessoas necessitam desse conhecimento bem mais do que outras, mas no fim da historia podemos fazer um resumo e admitir que a matemática é necessária para nossa sobrevivência. Utilizamos a matemática desde o acordar até a hora de dormir, seja ao olhar o relógio, calcular o saldo bancário, ou até na construção de uma bomba nuclear e poderosos aviões de guerra.Para exemplificar o quanto a matemática é importante em nossas vidas, podemos pensar e refletir com algumas interrogações; como projetar uma mesa sem conhecimentos geométricos? Como calcular a velocidade de um carro sem usar de nenhum conhecimento matemático? Como fabricar um programa de computador sem a lógica? Essas interrogações nos deixa inquietos, mas ao mesmo tempo nos conforta e podemos assim admitir o quanto á matemática é presente em nossas vidas.
Vivo sonhando e desejando no mais intimo de minha alma, que quero ser um professor de matemática que saiba vê as heranças deixadas ao logo da historia por nossos parentes de profissão e a partir de NOVAS E VELHAS práticas, possa exercer o melhor do oficio de ser um EDUCADOR MATEMÁTICO. O legado deixado por nossos parentes profissionais é relevante e permite que façamos uma reflexão a cerca de nossas práticas. Hoje faço parte de uma geração que tenta mudar a visão (um bicho de sete cabeças e dez chifres) do que é a matemática, tarefa que não é fácil, mas com toda certeza ficará como herança para outras gerações futura.
Jânio Elpídio de Medeiros
Professor de matemática.
Que tipo de matemática meus professores me ensinou? Aquela matemática que não parecia servi para muita coisa, cálculos e mais cálculos, sem nenhuma aplicação prática e colocada sempre com muita FACILIDADE, pois os professores não estavam a fim de perder o seu tempo com alunos que tinham dificuldade em matemática. Não lembro nenhum colega reprovado na disciplina de matemática.
Hoje sou universitário do curso de licenciatura em matemática e professor do ensino fundamental da rede privada, e vejo que os meus avôs, bisavôs e tataravôs contribuíram de alguma forma para o saber matemático que temos e usufruímos. Vejo a matemática como uma área do conhecimento necessária para todos nós, humanos, sabendo que algumas pessoas necessitam desse conhecimento bem mais do que outras, mas no fim da historia podemos fazer um resumo e admitir que a matemática é necessária para nossa sobrevivência. Utilizamos a matemática desde o acordar até a hora de dormir, seja ao olhar o relógio, calcular o saldo bancário, ou até na construção de uma bomba nuclear e poderosos aviões de guerra.Para exemplificar o quanto a matemática é importante em nossas vidas, podemos pensar e refletir com algumas interrogações; como projetar uma mesa sem conhecimentos geométricos? Como calcular a velocidade de um carro sem usar de nenhum conhecimento matemático? Como fabricar um programa de computador sem a lógica? Essas interrogações nos deixa inquietos, mas ao mesmo tempo nos conforta e podemos assim admitir o quanto á matemática é presente em nossas vidas.
Vivo sonhando e desejando no mais intimo de minha alma, que quero ser um professor de matemática que saiba vê as heranças deixadas ao logo da historia por nossos parentes de profissão e a partir de NOVAS E VELHAS práticas, possa exercer o melhor do oficio de ser um EDUCADOR MATEMÁTICO. O legado deixado por nossos parentes profissionais é relevante e permite que façamos uma reflexão a cerca de nossas práticas. Hoje faço parte de uma geração que tenta mudar a visão (um bicho de sete cabeças e dez chifres) do que é a matemática, tarefa que não é fácil, mas com toda certeza ficará como herança para outras gerações futura.
Jânio Elpídio de Medeiros
Professor de matemática.
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