Iniciamos mais um ano político onde ao final será decidido quem administrará os municípios brasileiros, sejam no poder executivo ou legislativo. E sabido que inúmeros eleitores farão, ou melhor, exercerão o ato muito sublime chamado votar, ato esse que norteará a administração publica por mais alguns anos.
Como santaluziense que sou não deixaria de tecer alguns comentários á respeito do pleito eleitoral que será, com toda certeza, pautado mais uma vez por muitos boatos, opiniões e sem hipocrisia alguma, perseguições políticas partidárias que são de costume em nosso município de homens que se dizem Reis e outros que mal sabem conjugar um verbo e detém poder de mandar e desmandar.
Santa Luzia situada no semi-árido paraibano não é a pior e tão pouco a melhor cidade para se viver, com todas as suas especificidades. O meu olhar embora hoje seja á distancia, mais por vários anos fui extremamente testemunha ocular de acontecimentos políticos que nunca desceu de goela adentro, sem algum esforço que fosse.
Vamos a alguns comentários a respeito do poder legislativo santaluziense...
O poder legislativo mais parece um poder perpetuo. As caras na câmera municipal são praticamente as mesmas, isso é verdade... Alguém ao ler este trecho do texto pode se perguntar, ou até mesmo afirmar que sou louco, pois os nossos vereadores passam por um pleito eleitoral a cada quatro anos. Bem, isso também é verdade, e é o que os nossos olhos vêem.
Queridos eleitores, vocês já se perguntaram por que nossos vereadores uma vez eleito pelo povo querem continuar para SEMPRE no poder? Não seria natural contribuir política local por certo tempo e depois voltar a fazer o que antes faziam como voltarem a serem servidores públicos, comerciantes, taxistas, em fim, voltarem a serem cidadãos normais. Mais isso geralmente não acontece não é mesmo? Ser vereador é uma profissão quase de fé.
Existem vereadores com mais de quatro mandatos consecutivos. E o que fizeram significativamente em dezesseis anos de poder? Mais uma pergunta...
Agora vamos discorrer sobre o executivo. Bem, se na câmera as coisas parecem perpetuas, no executivo já é uma verdadeira monarquia, pois uma família quase dona de Santa Luzia se denomina semi-deusa e quer, deseja, e por vários anos já detém o poder à base de muito trabalho, empenho, e dedicação, pois queridos eleitores para ter poder e perseguir é necessário muito trabalho, empenho e dedicação.
Vamos nos lembrar de fatos ocorridos... Porque mulheres que se vestem bem e usam sapatos bonitos passam mais de dez anos sendo gestoras de escolas municipais, quando estamos discutindo nas instituições de formação de educadores que a gestão escolar deve ser democrática? Sim, caros eleitores, se faz necessário justificar as roupas e os sapatos, porque formação de gestor eu não as conheço nelas. Porque os funcionários municipais tem a obrigação de levantar bandeiras em comícios a fim seu lado político, isso não seria perseguir? Porque a família monárquica liga para a casa os “encabrestados” convidando-os a participarem ativamente dos comícios ou tudo que for para promover a família? Isso seria Saudável? Porque até a igreja é mal vista pela monarquia? Será que as homilias não são agradáveis aos seus ouvidos imperiais? São tantas perguntas...
Existe mais uma pergunta que não quer calar.Quem será os próximos candidatos á prefeitura de Santa Luzia por parte da família monárquica ? gente, é fácil. Apenas é preciso olhar para a nova geração. Bem, por mais que a geração velha tenha suas falhas são mais altivos,tem um perfil mais monárquico. Mais fiquemos de olhos, os mais jovens , porem fisicamente desmerecidos de garbosidade , podem perseguir como ninguém , afinal de contas eles precisam de auto-estima. Agora se a família colocar sua figura FEMININA para disputar as eleições 2012, eu particularmente, tenho medo de andar nas ruas santaluzienses, pois esta tem o péssimo habito de querer impor.
Como eleitores devemos ter uma reflexão crítica a respeito do próximo pleito eleitoral que vamos passar. Devemos colocar na balança as posturas, analisar os candidatos e seus discursos políticos e enxergar os projetos para mais quatro anos de poder. Isso se os mesmo tiverem projetos com objetivos e metas a serem alcançadas.
Se esse texto servi para lançar alguma luz sobre o oficio diário da reflexão e inspirar aos santaluzienses idéias inovadoras para suas vidas, terei cumprido meu papel de educador.
Procuro aqui nesse meu espaço, vislumbrar e mostrar através do escrito singelo de um rapaz que escreve nas madrugadas de insônia a preocupação com a minha terra que nasce e me criei. Desde já, ressalto que não tenho pretensão alguma de cargos ou emprego em Santa Luzia.
Jânio Elpídio de Medeiros