quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Credo do Professor




Creio no professor que nunca foi todo-poderoso, recriador do papel de pai e mãe aqui na terra, e em sua formação humana, única tábua de salvação, que foi concebida pelo descaso das autoridades e do sistema educacional deste país.

Nasceu da crença e do idealismo, padeceu sob os poderes ditadores do Estado, foi crucificado pela evasão e pelo baixo rendimento, morto pelo salário de fome e sepultado pela indiferença e pela ausência de políticas educativas e salariais justas.

Desceu a mansão dos status, ressuscita todos os dias e tênue esperança que ainda resta. Sobe aos céus, porque só Deus escuta seus lamentos.

Não está sentado à direita, porque a direita é opressora. Está sentado à esquerda, porque é marginalizado. Donde há de ressurgir das cinzas para formar, com eficácia, os homens do nosso tempo.

Creio no bom senso do estado, na santa união da classe, no compromisso da família, na nação consciente de cada um, na ressurreição da autoestima, na vida plena. Amém.

FÁBIO GONÇALVES – CLARO DOS PORÇÕES. MG. Revista Mundo Jovem.

É incrível como a sociedade brasileira ainda nos dias de hoje não valoriza uma profissão fundamental como a de professor. Não existem médicos sem professores, não existe engenheiro, enfermeiro, político, presidente sem professores. Mas porque somos esquecidos e tratados como menores? São baixos salários, condições precárias de trabalho, desqualificação profissional, formação inicial e continuada bem menor que a demanda da necessidade. Precisamos mudar nosso jeito de pensar e mudar o mais rápido possível nossa postura quanto o ato de ensinar, pois, ensinar é dá um pouco de si, aprender é dá sua vida ao mundo. Como diz Paulo Freire, “A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tam pouco a sociedade muda”. É com a união da classe e a fé no ato de pensar que espero uma mudança significativa da sociedade a respeito aos professores deste Brasil de muitas cores.

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