domingo, 19 de dezembro de 2010

Destino


Você acredita em destino? Acredita que alguém já traçou todos os passos que você vai trilhar na vida? Tudo estar contado? Alguém já sabe quem será seu marido ou esposa? Essas são perguntas pertinentes e que nos chama atenção. Será mesmo que tudo está predeterminado por forças ocultas ou deuses.
Estou no meu quarto, na minha cama, ouvindo o som da chuva caindo no telhado e refletindo a respeito do DESTINO. Já dizia o poeta Fernando Veríssimo “Desconfie do destino e acredite em você, passes mais horas fazem que planejando , vivendo do que esperando”. Bem, se eu acreditasse nesse tal destino, talvez nada seria, pois o destino que mim esperava, seria de um homem muito simples, incapaz de estudar e crescer, fadado ao fracasso e ao trabalho duro. Que fique bem claro, EU NÃO ACREDITO EM DESTINO. Acredito em trabalho e sementes plantadas.
As sementes que falo é atitudes que vivenciamos todos os dias, o respeito ao próximo e ao diferente, o conhecer para melhorar, tanto como cidadão como homem formado por valores. Faz tempo que a ciência deixou de acreditar que filho de peixe, peixinho é. Hoje quem nasce em uma família pobre pode sim não querer permanecer nessa condição para sempre, mas isso não é o mais importante, pois pobreza mesmo é ser fraco de espírito, não ter valores. Plante sempre a semente da ESPERANÇA, pois ela dará bons frutos, doces e amargos, mas você os escolhe. Prefiro acreditar em mim, do que nesse tal destino que nem sei se existe mesmo, tão confuso e complexo.
Será que tudo o que aconteceu com nosso presidente LULA foi puro destino? Acho que não. Prefiro olhar para sua trajetória como sendo fruto de muito trabalho, perseverança e esperança no seu conhecimento politico. Quando Lula nasceu quantas pessoas achava que em seu destino estaria a presidência da republica. Ele não chegou do nada na republica, foram muitas as batalhas travadas, e os desafios enfrentados. Viva LULA.
Se eu tivesse certeza de que o destino existe e se fosse o escritor dele, jamais escreveria sofrimento, amargura, doenças, fome, miséria, saudade, tristeza, violência, guerra. Não consigo imaginar o escritor do destino pensando assim. “fulano vai sofrer um grave acidente em determinado tempo de sua vida, ou mesmo, fulano vai ter um CA aos 40 anos”. Se o destino existe o escritor dele anda muito amargurado e está descontando em nós.
Olhando para o passado, vejo que nada foi predestinado. Tudo o que tenho e construí foram com muita luta, trabalho e estudo. Tenho pouco, Mas se nada tenho, por tudo lutei, luto e lutarei. Acredito na esperança das crianças, a sabedoria dos velhos, na virilidade dos jovens e no trabalho dos adultos. Acredito no EU.

2 comentários:

  1. Já acreditei em destino, porém, ele po diversas vezes me traiu, devemos acreditar em nós mesmo.
    gostei do post.

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  2. Acredito que juntos com Fernando Veríssimo pensamos pensamos e vivemos tal qual Jean Paul Sartre. Adoro textos com temática existencialista. E o 'destino' está no cerne desta discussão. Realmente não creio, e por isso mesmo não vivo, segundo as amarras do destino. Isto fica pra pessoas que não tem coragem de lutar pela construção, execução e realização de seus planos. A liberdade dá ao homem o poder de escolha, mas está sujeita às limitações do próprio homem. Esta autonomia de escolha é limitada pelas capacidades físicas do ser. Para Sartre, porém, estas limitações não diminuem a liberdade, pelo contrário, são elas que tornam essa liberdade possível, porque determinam nossas possibilidades de escolha, e impõem, na verdade, uma liberdade de eleição da qual não podemos escapar. MARCOS TOMÉ

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