Por: Marcos Tomé
Falo daquelas 'pseudo intelectuais' que, por fazerem algumas rasas leituras se acham verdadeiras críticas literárias. Pensam estas que, por lerem apenas a capa, ou uma resenha na net, já podem tecer comentários analíticos sobre algum livro. Vai ver, encantaram-se apenas com o colorido da capa, ou deixaram-se enganar pela mídia. Em alguns casos, deve ter acontecido um 'adultério intelectual': o livro foi trocado pelo filme. Este é mais atraente, rápido e tem imagens... E do alto de seu 'púlpito demagógico' acham-se no direito de bancar a intelectualidade personificada. Rui Barbosa genérico. Como tudo no Brasil.
E o que dizer daquelas 'pseudo religiosas'? Estas que vivem proclamando o nome de Deus, colocando no peito espiritual as marcas de sua fé e que, ao se sentirem ameaçadas materialmente, desconstroem tudo o que foi professado? Pior: colocando o nome da Igreja no ridículo, pois se acham capazes de falar em nome da mesma. O velho dilema entre o que se diz e o que se faz. Detalhe: estão à frente de grupos, comunidades, pastorais, ministérios... Quando a falta de amor próprio, a inveja, a ganância entram pela porta, a espiritualidade pula pela janela. E a politicagem, então? Nem me fale! Só que, muitas fezes, por imbecilidade pura, saem fazendo muito barulho. E quem fica, acaba por saber quem realmente eram. E são muitas, as pessoas produtoras dessas toxinas em nosso meio. Será que elas sabem o que estão produzindo? Ou pensam que o que produzem são frutos de santidade e sabedoria divinas?
E quanto aos pseudo críticos e analistas de plantão? A estes, faltam-lhes o mínimo de verdadeiras leituras. E constantes, e atualizadas, e revisadas... É necessário, para quem deseja se dar ao luxo de trabalhar com as palavras, o mínimo de cuidado gramatical. Coisas simples como pontuação, emprego de letras, acentuação gráfica... Por que me refiro a estas pessoas? Porque são algumas das maiores responsáveis pelo derramamento de toxinas neste espaço virtual. As pessoas públicas não tem que cuidar apenas de sua imagem física. É imprescindível zelar por sua 'imagem linguística'. Saber o que falar, onde falar, como falar... para que as toxinas da ignorância não causem aquele desconforto intestinal. Resultado: acabam por ficar enfezadas, ou seja, cheias de fezes. E saem por aí, sujando tudo... (Marcos Tomé)
Ofereço este texto ao meu companheiro de trabalho Jânio Medeiros. Com quem tenho a honra de compartilhar algumas ideias durante breves intervalos escolares. Ideias inspiradoras...
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